sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Adamantium da vida real

Já pensaram, em algum momento da vida, como seria ser um super-herói, desses de histórias em quadrinhos, tipo Marvel ou DC? Tipo o Homem-Aranha, Batman, algum dos X-Men...

É comum (eu acho) sonharmos com isso quando somos crianças; pensar em combater o crime, em capturar vilões, em usar uniformes e máscaras para salvar o dia e manter nossa identidade secreta, tudo isso tendo que ser dividido com as responsabilidades de uma pessoa comum da mesma idade: trabalhos da escola, provas e lições de casa etc.


Infelizmente, à medida que crescemos e que vamos aprendendo um pouco mais, percebemos que obter tais habilidades que nos permitiram escalar paredes ou regenerar ferimentos com altíssima eficiência e velocidade são mera ficção, e a Ciência lista vários argumentos do porquê isso não é possível. No entanto, essa mesma Ciência, muitas vezes dá sinais de que é tão vilã assim no seu papel de destruir sonhos infantis.


Um grupo de cientistas liderados pelo professor e engenheiro Axel van de Walle, da Brown University, em Rhode Island, Estados Unidos, conseguiu criar uma liga metálica formada pelos elementos químicos háfnio (Hf)carbono (C) e nitrogênio (N). Por meio de simulações de computador, eles puderam calcular a composição ótima dessa liga que possui uma temperatura de fusão igual a 4.126 °C. Para se ter uma ideia, a temperatura média da superfície do Sol é 5.500 °C! (Menor que a temperatura do Tocha Humana, em Supernova!!!)

The new material would be made from the rare metal hafnium along with small amounts of carbon and nitrogen, giving it the chemical formula shown above. This would have the highest melting point yet to be discovered
Fórmula molecular da liga metálica mostrando a porcentagem dos elementos químicos que a constituem.

A vantagem em criar materiais por simulações de computador é que dessa forma é possível testar diferentes substâncias em diferentes composições a um custo muito menor e prever quais seriam suas propriedades. O passo seguinte da pesquisa seria sintetizar essa liga metálica em laboratório e testar outras propriedades, como resistência a oxidação ou propriedades mecânicas para entender melhor seu comportamento em um ambiente real com diversas variáveis atuantes.

Uma possível aplicação desse material seria no desenvolvimento de novos tipos de escudos térmicos para naves espaciais. Além disso, sua síntese o tornaria um grande candidato para criar o adamantium, a liga metálica fictícia que reveste o esqueleto do X-Man Wolverine!

Wolverine é um dos personagens mais queridos da Marvel; as garras de adamantium que possui são indestrutíveis

Curtiu? Deixe seu comentário!

Veja também:

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Divertida mente

Mais uma vez um post trazendo uma indicação de cinema. Dessa vez o filme é a animação da Pixar: Divertida mente (Inside Out, título em inglês). O filme estreou no dia 18 de junho nos cinemas brasileiros, mas ainda é possível encontrá-lo em exibição em algumas salas espalhadas pela cidade (pelo menos em São Paulo).



1. Mas por que devo assistir a esse filme?
Primeiro por se tratar de uma animação da Pixar, a mesma criadora de grandes animações como Toy Story (1995), Toy Story 2 (1999) e Toy Story 3 (2010), Up: Altas aventuras (2009), Procurando Nemo (2003), Wall-E (2008) etc. Enfim, a lista é enorme!

2. Mas eu não gosto de animações. Por que devo assistir?
Porque independentemente de você curtir ou não animações, é um ótimo filme, muito divertido e que vai garantir a qualquer um, duas horas muito agradáveis. Além disso, é um filme bastante profundo e um tanto complexo que tenta traduzir por meio de excelentes metáforas como nossa memória é formada, nossas emoções e como elas atuam na construção da personalidade humana.

Sem trazer spoilers, Divertida mente conta a história de Riley, uma garotinha que mora com seus pais em Minnesota e que, aos 11 anos, se muda para São Francisco e precisa aprender a lidar com as mudanças que ocorrem em sua vida: a nova escola, novas amizades, os amigos deixados para trás, sua paixão por hóquei etc. Todas essa mudanças são vividas pelas emoções de Riley: Medo, Tristeza, Alegria, Raiva e Nojo (Repulsa).


Não dá para comentar mais sem revelar cenas importantes. No entanto, o mais impressionante de Divertida mente é a forma como as emoções, as memórias, a personalidade, etc. são traduzidas como personagens e ações concretas e como suas interações na cabeça de Riley conduzem sua vida.

Veja o trailer:


Curtiu? Deixe seu comentário!

Veja também:

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Dia do químico

Hoje, dia 18 de junho, comemora-se o Dia do profissional da Química. Mas por que hoje?

A data faz referência à publicação da lei n. 2.800/56 que regulamentou o exercício profissional do químico e criou o Conselho Federal de Química (CFQ) e os Conselhos Regionais de Química (CRQs).

É importante lembrar que neste dia TODAS as categorias dos profissionais da Química são homenageadas, ou seja:
  • Técnicos e técnicas em Química;
  • Bachareis em Química;
  • Licenciados e licenciadas em Química (Sim! Nossos amados professores de Química também merecem!);
  • Químicos e químicas industriais;
  • Engenheiros e químicos e engenheiras químicas.
Este dia é importante para que possamos lembrar e refletir sobre o papel do profissional da Química na sociedade e sua influência na transformação dessa sociedade sempre de forma ética. Os resultados do seu trabalho estão constantemente presentes em nossas vidas e transformando-as a todo o momento, nas mais diversas áreas: da Agricultura até a indústria de alimentos, nas fábricas de diversos setores, desde commodities até bens de consumo, no desenvolvimento de novos medicamentos, em centros de pesquisa, em universidades e nas escolas.


Por toda essa importância é que este dia deve ser lembrado por todos nós (eu também estou incluso!), profissionais da Química que, de alguma forma, tentam transformar a sociedade.


Curtiu? Deixe seu comentário!

segunda-feira, 25 de maio de 2015

Dia da toalha

Se você digitar na barra de busca do Google qual é a "resposta para a vida, o universo e tudo o mais" obterá como resposta o número 42. Essa é a resposta para a Pergunta Fundamental!


Hoje, dia 25 de maio, é o Dia do orgulho nerd...

The Office Michael Scott No God Please No

Na verdade, o dia 25 de maio é mais conhecido como o Dia da toalha e foi escolhido para homenagear o escritor inglês Douglas Adams (1952-2001), autor de O Guia do mochileiro das galáxias, uma grande obra de ficção científica do século XX.

Essa série teve origem em 1978, como um programa de rádio da BBC. Em seguida, foi compilada em uma coleção de cinco livros e, em 2005, foi infelizmente adaptada para o cinema, pelo diretor Garth Jennings, tendo Martin Freeman (o Bilbo Bolseiro, da trilogia O Hobbit) no papel de Arthur Dent.

Além da série de rádio, da coleção de livros e do filme de 2005, a sério O Guia do mochileiro das galáxias foi gravada em uma minissérie de seis episódios para a televisão, em 1981, também pela emissora inglesa. Os episódios podem ser encontrados no Youtube, no canal Hitchhikers Guide.

Confira o primeiro episódio da série:


A razão para o dia 25 de maio ser chamado por muitos de o "Dia do orgulho nerd" é que esta data marca o lançamento do primeiro filme da saga Star Wars, em 1977 - Star Wars Episódio IV: Uma nova esperança.

A data foi escolhida para comemorar a première do primeiro filme da série Star Wars, o Episódio IV: Uma Nova Esperança, em 25 de maio de 1977
Pôster do filme Star Wars Episódio IV: Uma nova esperança (1977).
Fonte: http://tecnologia.ig.com.br/2015-05-25/25-de-maio-o-que-e-o-dia-da-toalha-e-o-dia-do-orgulho-nerd.html

Independente de como é chamado, este dia é celebrado por pessoas do mundo todo como forma de homenagear uma grande obra literária da cultura pop e um dos grandes clássicos do cinema. O mais importante é ter em mente o seguinte: o sentido da vida é "42", traga sempre consigo uma toalha (com certeza, o item mais importante de todo mochileiro) e não entre em pânico!

Curtiu? Deixe seu comentário!


Veja também:

sábado, 2 de maio de 2015

Escravos das nossas escolhas

Alguns já devem ter lido este texto publicado no blog do Estadão da advogada e professora universitária Ruth Manus.

Pode não fazer sentido para alguns, estar muito distante para outros ou já ter passado para quem for mais velho. Não importante o perfil em que você se encaixa, esse texto vale a leitura e a reflexão.


------
A triste geração que virou escrava da própria carreira
(Ruth Manus)

Era uma vez uma geração que se achava muito livre.
Tinha pena dos avós, que casaram cedo e nunca viajaram para a Europa.
Tinha pena dos pais, que tiveram que camelar em empreguinhos ingratos e suar muitas camisas para pagar o aluguel, a escola e as viagens em família para pousadas no interior.
Tinha pena de todos os que não falavam inglês fluentemente.
Era uma vez uma geração que crescia quase bilíngue. Depois vinham noções de francês, italiano, espanhol, alemão, mandarim.
Frequentou as melhores escolas.
Entrou nas melhores faculdades.
Passou no processo seletivo dos melhores estágios.
Foram efetivados. Ficaram orgulhosos, com razão.
E veio pós, especialização, mestrado, MBA. Os diplomas foram subindo pelas paredes.
Era uma vez uma geração que quase aos 20 ganhava o que não precisava. Aos 25 ganhava o que os pais ganharam aos 45. Aos 30 ganhava o que os pais ganharam a vida toda. Aos 35 ganhava o que os pais nunca sonharam ganhar.
Ninguém podia os deter. A experiência crescia diariamente, a carreira era meteórica, a conta bancária estava cada dia mais bonita.
O problema era que o auge estava cada vez mais longe. A meta estava cada vez mais distante. Algo como o burro que persegue a cenoura ou o cão que corre atrás do próprio rabo.
O problema era uma nebulosa na qual já não se podia distinguir o que era meta, o que era sonho, o que era gana, o que era ambição, o que era ganância, o que era necessário e o que era vício.
O dinheiro que estava na conta dava para muitas viagens. Dava para visitar aquele amigo querido que estava em Barcelona. Dava para realizar o sonho de conhecer a Tailândia. Dava para voar bem alto.
Mas, sabe como é, né? Prioridades. Acabavam sempre ficando ao invés de sempre ir.
Essa geração tentava se convencer de que podia comprar saúde em caixinhas. Chegava a acreditar que uma hora de corrida podia mesmo compensar todo o dano que fazia diariamente ao próprio corpo.
Aos 20: ibuprofeno. Aos 25: omeprazol. Aos 30: rivotril. Aos 35: stent.
Uma estranha geração que tomava café para acordada e comprimidos para dormir.
Oscilavam entre o sim e o não. Você dá conta? Sim. Cumpre o prazo? Sim. Chega mais cedo? Sim. Sai mais tarde? Sim. Quer se destacar na equipe? Sim.
Mas para a vida, costumava ser não:
Aos 20 eles não conseguiram estudar para as provas da faculdade porque o estágio demandava muito.
Aos 25 eles não foram morar fora porque havia uma perspectiva muito boa de promoção na empresa.
Aos 30 eles não foram no aniversário de um velho amigo porque ficaram até as 2 da manhã no escritório.
Aos 35 eles não viram o filho andar pela primeira vez. Quando chegavam, ele já tinha dormido, quando saíam ele não tinha acordado.
Às vezes, choravam no carro e, descuidadamente começavam a se perguntar se a vida dos pais e dos avós tinha sido mesmo tão ruim como parecia.
Por um instante, chegavam a pensar que talvez uma casinha pequena, um carro popular dividido entre o casal e férias em um hotel fazenda pudessem fazer algum sentido.
Mas não dava mais tempo. Já eram escravos do câmbio automático, do vinho francês, dos resorts, das imagens, das expectativas da empresa, dos olhares curiosos dos "amigos".
Era uma geração que achava muito livre. Afinal tinha conhecimento, tinha poder, tinha os melhores cargos, tinha dinheiro.
Só não tinha controle do próprio tempo.
Só não via que os dias estavam passando.
Só não percebia que a juventude estava escoando entre os dedos e que o bônus do final do ano não comprariam os anos de volta.
------

Curtiu? Deixe seu comentário!

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Fotografia molecular

Em maio de 2013, um grupo de cientistas da Universidade da Califórnia (Berkeley), conseguiu realizar pela primeira vez algo bastante inesperado, de forma quase acidental, mas muito esperado há muitos anos: capturar imagens de reações químicas!

O objetivo da pesquisa era desenvolver novas nanoestruturas para o grafeno - uma forma alotrópica do carbono (assim como grafite, diamante ou os nanotubos de carbono) que se destaca por ser um excelente condutor de calor e eletricidade. Essa substância possui uma estrutura plana com os átomos de carbono dispostos em forma de rede, densamente compactados.

Modelo da estrutura do grafeno. Os átomos de carbono (esferas cinzas) estão unidos entre si formando
uma rede de arame. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Grafeno#/media/File:Graphen.jpg.

A técnica utilizada pelos pesquisadores consistiu, basicamente, em utilizar microscópios especiais para sondar as superfícies dos materiais com resolução atômica. Esse procedimento foi realizado em temperaturas muito baixas (cerca de -270 °C) para diminuir ao máximo a vibração das moléculas e, assim, facilitar a localização. Em seguida, usaram um microscópio de tunelamento para escanear e localizar as moléculas que puderam ser registradas em uma imagem. A superfície foi aquecida aos poucos até que ocorreu uma reação química. Após a reação, resfriou-se novamente a superfície para localizar as moléculas dos produtos formados.


As imagens obtidas mostram as estruturas de moléculas formadas por átomos de carbono e hidrogênio. É possível ver a estrutura do reagente e, após o aquecimento, as estruturas de dois produtos formados.


Curtiu? Deixe seu comentário!

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Colorindo o passado

Hoje em dia é mais do que comum as pessoas tirarem fotografias de outras pessoas, objetos, paisagens etc. Cada vez mais os celulares e smartphones e outros dispositivos portáteis trazem câmeras fotográficas embutidas (com melhor ou pior resolução). Sem contar os fotógrafos profissionais que possuem inúmeros recursos e câmeras cada vez mais sofisticadas que os permitem fotografar cada vez mais e melhor.

Aplicativos e redes sociais como o Instagram levaram o conceito de "tirar fotografias" a um novo patamar: estamos constantemente atualizados sobre o que cada pessoa está fazendo, lendo, comendo, se está curtindo um show, assistindo a alguma série no Netflix, se está indo viajar ou se está na praia bebendo uma cerveja enquanto você está dando "like" nas fotos durante sua pausa do trabalho para um café...

Porém, sabemos que nem sempre foi assim... antigamente, fotografias eram um artigo de luxo, mas pouco tecnológico. Assim, momentos históricos foram registrados em preto e branco. No entanto, graças ao trabalho de artistas como Dana KellerJordan L. LloydPaul Edwards e Patty Allison é possível transformar cenas e personalidades marcantes na história dando-lhes cores. O resultado é bastante interessante!

Confira algumas dessas fotos coloridas por esses artistas:

Pablo Picasso
Foto do pintor espanhol Pablo Picasso (1881-1973). Fonte: Hypescience.

Winston Churchill, 1941
Winston Churchill (1874-1965) foi o primeiro-ministro britânico durante a Segunda Guerra Mundial.
Fonte: Hypescience.

Albert Einstein, 1921
O físico alemão Albert Einstein (1879-1955) é popularmente conhecido por formular teoria da Relatividade.
Fonte: Hypescience.

Albert Einstein em uma praia de Long Island em 1939
Albert Einstein em um praia de Long Island, em 1939. Fonte: Hypescience.

Marilyn Monroe
Marilyn Monroe (1926-1962), nascida Norma Jeane Mortenson, foi uma atriz, cantora e modelo norte-americana.
Fonte: Hypescience.

Charlie Chaplin com 27 anos, 1916
Charlie Chaplin (1889-1977) aos 27 anos de idade. Fonte: Hypescience.

O efeito que as cores trazem às fotos é realmente fantástico! Você conferir outras fotos nos sites dos artistas citados neste post ou clicando aqui.

Curtiu? Deixe seu comentário!